Enche-se-me, por essa razão, a boca de pássaros

Enche-se-me, por essa razão, a boca de pássaros. E gosto de os ver chegados, rebuliços, ao fim da tarde, ao ninho que fizeram nela.
Nâo é absurdo, acredita. Apenas a vida em sua plena medida. Franzina, mas robusta quando se deixa que a tomemos assim.
Que desejas eu faça ante as necessidades que acendes nas algibeiras do coração?
Que chore? Faço-o quando não se me tornas mais palpável em minhas mãos. Quando te não redesenho a carne. Não és um nome. És todos os nomes. Todos os mercúrios vigiando-me dessa febre.
Sou incapaz de inventariar tudo no que te tornaste para mim e auditorar o que me dás. Qualquer dia, até de amar-te.
Eduardo White
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