segunda-feira, 31 de março de 2008






No preto ibericamente mulato,
na negra goêsmente branca
ficou uma mensagem de saudade.
Triste saudade de conchas
cheia dos lampejos da maré vazante!
Só brilhos e lembranças
do medo que me acompanhava na machila.
Será, que foi o medo que me transfigurou o gosto?
ou foi,um simples sortilégio sulista
de timbila?

Júlio Carrilho

esta minha cidade bela e ancorada ao tempo
carcomida até ao âmago e resignadamente
presa ao seu desterro sorri para não chorar
tem o céu aberto até à alma e uma vontade
recalcada: que a morte seja órfã de si mesma

choram os homens?
é penoso o caminho

há no ar ainda os morcegos da última noite
o medo – sombra negra – assombra o presente
desta gente mudam-se os tempos –

apenas os tempos

Guita Júnior

0 Comentários:

Postar um comentário

Assinar Postar comentários [Atom]

<< Página inicial